terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

É hora de um canal nacional e público para a comunicação comunitária e popular


Foto: RedRadioVe - Comunicadores populares na Venezuela

Já faz muito tempo que as entidades ligadas ao jornalismo e à comunicação no Brasil lutam pelo que chamam de “democratizar a comunicação”. Na época da ditadura militar isto até tinha certo sentido, visto que o Estado estava na mão dos milicos. Mas, com a democratização, em 1984, esse tema foi perdendo força e acabou tornando-se uma demanda algo abstrata. O que seria democratizar a comunicação? Dar mais espaço para os movimentos sociais nas mídias comerciais? Colocar mais negros nas novelas? Garantir programas que falem das mulheres, dos indígenas, do movimento LGBTQIA+? Se observarmos bem, esta é uma pauta bem ao gosto do liberalismo. E, hoje, dando uma olhada nos canais de televisão, podemos ver que tudo isso está dado. Há mais negros, mais mulheres, mais gays, mais tudo, mas a lógica segue sendo a do consumo e do capital. Não muda nada na estrutura da sociedade. A faca e o queijo estão na mão das empresas. A ideologia se esparrama bem ao gosto burguês. Tudo mudou para ficar igual.

Nós, da Revista Pobres e Nojentas, há muito reivindicamos a soberania comunicacional. Ou seja, os trabalhadores definindo suas demandas e produzindo sua comunicação. Mas, para que isso seja possível, há que existir um governo que assuma essa demanda, assim como na Venezuela bolivariana, onde o então presidente Hugo Chávez fez acontecer. Num país onde poucas famílias controlam a televisão privada, Chávez criou um canal público, exclusivo para o desague das produções comunitárias, populares e independentes. Um canal aberto, de alcance nacional. 

Esta deveria ser hoje a proposta dos movimentos ligados à comunicação. Só o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, o FNDC, tem em suas fileiras 87 entidades nacionais e 591 regionais. É praticamente um exército, e dos mais representativos do setor de comunicação dos trabalhadores. Além disso, há o Intervozes, coletivo de ativistas da comunicação com representação em quase todos os estados brasileiros. Fora outros tantos coletivos que se articulam nos estados lutando para produzir comunicação de qualidade voltada aos reais interesses públicos.

Nosso chamado se dirige a estas entidades e coletivos: que se forme uma grande teia juntando todo mundo para a apresentação desta demanda ao Presidente da República, ao Ministro das Comunicações e ao Secretário de Comunicação: que o Estado brasileiro crie uma televisão pública, de sinal aberto para todo país, e que o material ali veiculado seja prioritariamente material produzido pelos movimentos sociais,  coletivos comunitários, populares e independentes. Uma mídia de massa, feita e dirigida pelos trabalhadores. Este sim seria um salto de qualidade e um primeiro passo para a soberania comunicacional.

Até quando vamos mendigar “mais democracia”? Por que não exigirmos um espaço realmente alternativo, com alcance de massa? Um canal de televisão dirigido por gente da comunicação, capacitada a fazer um trabalho bonito, educativo, divertido e de luta, com um sinal que chegasse a qualquer lugar do país. O estado brasileiro pode, o governo tem as condições, então, por que não fazermos acontecer? Há gente qualificada e já existe um farto material produzido ao longo de décadas pronto para ser exibido e estimular ainda mais as novas produções Brasil afora. 

As chamadas mídias alternativas, comunitárias, populares, independentes, são importantes e cumprem um valioso papel. Mas, sem alcance de massa, não passam de resistências regionais e locais. A comunicação dos trabalhadores precisa ter alcance de massa, chegar aos ouvidos de milhões. Ou investimos nessa batalha ou seguiremos sem eficácia.



quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

Novo projeto da P&N reúne pesquisas sobre jornalismo ambiental em Santa Catarina

A equipe da Revista Pobres & Nojentas está com novo projeto: a sistematização de pesquisas sobre jornalismo ambiental em Santa Catarina e a história do movimento ambientalista no estado.

O objetivo é estimular estudantes e profissionais a contribuir com o avanço das pesquisas na área.

Um blog específico reúne as pesquisas já encontradas, o link para o livro que organizamos sobre o tema, intitulado “Território e texto: jornalismo ambiental em Santa Catarina”, tendo seis artigos de jornalistas que, em momentos de sua trajetória, abordaram a relação entre sociedade e natureza no estado, e um link para vídeos.

O material está disponível no seguinte blog: https://jornalismoambientalsc.blogspot.com/

quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

Pobres e Nojentas em Movimentos



Texto de Elaine Tavares

O ano de 2023 foi de muito trabalho para a equipe da Pobres e Nojentas. Iniciamos janeiro com o projeto Repórteres SC, uma proposta de guardar memória dos jornalistas que fizeram e fazem a história da reportagem em Santa Catarina. Percebemos que pouca coisa havia sobre a história de cada uma dessas pessoas que caminham pelo estado cumprindo essa linda tarefa e reportar a vida. Assim, decidimos eternizar em vídeo suas trajetórias. Ao longo do ano foram 17 entrevistas todas já editadas e catalogadas na página do projeto. Uma galera de peso, histórias de vida lindas e emocionantes. Jornalismo na veia. Muita gente ainda ficou de for a e é por isso que o projeto continua em 2024. O processo é lento porque não temos recursos. Toda a estrutura é bancada por nós mesmos e aí tem mês que pesa. Ainda assim, vamos superando as barreiras e fazendo acontecer. A equipe é pequena, mas aguerrida: Miriam, Rosane, Felipe, Rubens e eu. Uma correria só, mas vale a pena. Depois da entrevista editada, nos deliciamos. É bonito quando uma vida fica eterna. Muito provavelmente vamos fazer um livro, mas isso é outra história.

Além do Projeto Repórteres demos início ao Projeto Trajetórias, também em vídeo, buscando eternizar a vida de personagens desta nossa cidade, gente que faz acontecer as lutas e as belezas, gente da política, da arte, da cultura. Caminhamos pouco com esse, mas no ano que vem novas histórias serão contadas.  

Para além do vídeo lançamos também a coleção "Jornalismo no Coletivo", já com dois volumes. O primeiro, "A rebelião do vivido no jornalismo independente de Florianópolis", contando sobre as experiências de jornalismo independente na cidade e o segundo falando sobre jornalismo ambiental "Território e texto: jornalismo ambiental em Santa Catarina". Novos volumes já se anunciam, buscando também juntar gente que faz coisas boas no jornalismo.

Temos essa gana de fazer coisas, Miriam e eu, de eternizar textos, histórias, memórias. E contamos com parceiros queridos que também embarcam na nossa canoa. Que venha 2024. Estaremos preparadas. 

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domingo, 17 de dezembro de 2023

Texto e Território é lançado em Florianópolis










A livraria Desterrados foi o generoso cenário para mais um lançamento de livro da Pobres e Nojentas. O segundo volume da Coleção Jornalismo no Coletivo , que traz o debate sobre a questão ambiental no estado: "Texto e Território: o jornalismo ambiental em Santa Catarina". Apesar de uma manhã escaldante amigos queridos não se furtaram de passar na livraria para um abraço e uma discussão sobre o papel do jornalismo na nossa cidade. Coincidentemente, enquanto lá dentro da livraria, falávamos das mazelas que o capitalismo provoca na sua sanha de exploração e lucro, lá for a prefeitura "inaugurava" – com banda e circunstância – a dita reforma da rua Tiradentes, uma obra feita sem cuidado e que enterrou marcas da nossa história. Uma vergonha. Mas, enfim, a Pobres e Nojentas segue seu caminho, cumprindo seu papel de questionar a vida, de destapar o que se esconde, de fazer jornalismo de qualidade. Depois de termos feito um levantamento dos veículos de comunicação independente que fizeram e fazem história na cidade, no Volume 1, agora oferecemos esse debate sobre o meio ambiente. O terceiro volume, já em andamento será sobre jornalismo sindical.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

Lançamento do Livro "Território e Texto: jornalismo ambiental em Santa Catarina"


A Revista Pobres e Nojentas, em parceria com a Letras Editorial, convida para o lançamento do livro “Território e texto: jornalismo ambiental em Santa Catarina”, no dia 16/12, sábado, das 10 horas ao meio-dia, na Livraria Desterrados, centro da capital. O livro apresenta seis artigos de jornalistas que, em momentos de sua trajetória, abordaram a relação entre sociedade e natureza no estado. 

O trabalho traz valiosos achados e sinaliza caminhos para pesquisas e fazer profissional em Santa Catarina, que demanda um jornalismo comprometido com sua realidade socioespacial tão diversa e cada vez mais afetada pelas mudanças climáticas. 

Os textos são de:

-Edson Rosa

-Elaine Tavares

-Imara Stallbaum

-Míriam Santini de Abreu

-Moacir Loth

-Rosane Lima

Foto de capa de Tasso Claudio Scherer e capa de Sandra Werle

A Desterrados fica na rua Tiradentes, 204. 

quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Jornalismo ambiental em SC - Moacir Loth


Em 16 dezembro, a Revista Pobres & Nojentas e a Letra Editorial lançam uma edição limitada impressa do livro “Território e texto: jornalismo ambiental em Santa Catarina”. Nas pesquisas, descobrimos que o jornalista Moacir Loth, em 1978, no Jornal de Santa Catarina, de Blumenau, em parceria com a Associação Catarinense de Preservação da Natureza (Acaprena), inaugurou uma Editoria de Meio Ambiente que durou até 1979. Deve ter sido, salvo melhor juízo, a primeira iniciativa em Santa Catarina a dar a essa cobertura uma editoria específica. Para registrar o fato, convidamos o Moacir para uma entrevista na qual ele detalha aquela iniciativa pioneira. Confira!


terça-feira, 14 de novembro de 2023

Raul Fitipaldi, repórter

 


Uma vida inteira marcada pelo jornalismo independente, fora das estradas tradicionais. Essa é a trajetória do jornalista Raul Fitipaldi, o 17º entrevistado do Projeto Repórteres SC. Nascido no Uruguai, foi na capital, Montevidéu, que ele começou sua história no jornalismo, fazendo um programa de música brasileira no rádio.  

Depois de atuar em outros veículos de comunicação comunitária ainda em Montevidéu, o amor o levou para Buenos Aires, na Argentina, onde seguiu atuando no jornalismo popular. Foi o amor também que o trouxe para Florianópolis no período em que a capital catarinense experimentava o governo popular de Sérgio Grando, no início dos anos 1990, época de grandes transformações sociais, as quais acompanhou de perto, atuando por dentro do mandato do Grando e também nas comunidades.

A trajetória de Raul é ligada à fundação, em 25 de agosto de 2007, da Cooperativa Comunicacional Sul, que mantém o Portal Desacato, espaço de jornalismo independente que se consolidou em Florianópolis com programação diária na página e nas redes sociais, mantendo um perfil internacionalista, sempre conectado com a luta dos trabalhadores. 

Na entrevista, Raul fala sobre sua jornada no jornalismo das margens e também sobre os desafios de manter o Portal Desacato, em especial ao longo da pandemia de Covid-19, quando foi necessário ajustar a grade de programação. Ele também aborda a importância da comunicação pública e avalia o atual cenário de mídia, no qual os grandes grupos ficam com as verbas públicas, mas não têm compromisso com o jornalismo a serviço dos trabalhadores. 

Confira a entrevista com Raul, gravada por Felipe Maciel-Martínez.


quarta-feira, 8 de novembro de 2023

Raul Fitipaldi é o 17º entrevistado do Repórteres SC

 







Fotos: Miriam Santini de Abreu e Felipe Maciel Martínez

O jornalista Raul Fitipaldi é o 17º entrevistado do Projeto Repórteres SC. Nascido no Uruguai, foi na capital, Montevidéu, que ele começou sua história no jornalismo. Depois foi para Buenos Aires onde estudou e trabalhou com comunicação popular. Chegou a Florianópolis no período em que a capital catarinense experimentava o governo popular de Sérgio Grando, no início dos anos 1990, época de grandes transformações. 

A trajetória de Raul é ligada à fundação, em 25 de agosto de 2007, do Portal Desacato, que se consolidou em Florianópolis com programação diária na página e nas redes sociais, mantendo um perfil internacionalista, sempre conectado com a luta dos trabalhadores. 

A conversa será exibida em breve, com detalhes da caminhada de Raul, no campo do jornalismo e da reportagem, em gravação de Felipe Maciel-Martínez.

sexta-feira, 3 de novembro de 2023

Livro digital aborda a atualidade da obra de Marcos Faerman


Ficou pronto o livro digital “A atualidade da obra do jornalista Marcos Faerman”, com depoimentos e artigos resultantes do Encontro Virtual com o mesmo título organizado pela Produtora VU e Revista Pobres & Nojentas no dia 18 de abril de 2023 pelo YouTube.

Marcos Faerman nasceu em 5 de abril de 1943 em Rio Pardo (RS) e faleceu em São Paulo em 12 de fevereiro de 1999. Passados 80 anos de seu nascimento, o objetivo do Encontro Virtual foi refletir sobre a atualidade de seu fazer jornalístico, que marcou época na imprensa brasileira. Faerman foi jornalista, repórter, editor, administrador cultural e professor. Viveu grande parte de sua trajetória profissional durante a ditadura militar que tomou o Brasil em 1964, e participou, como criador, editor e repórter, de importantes publicações da imprensa alternativa, um importante espaço de resistência ao regime autoritário. Escreveu mais de 800 reportagens para o Jornal da Tarde, durante 24 anos. Tornou-se conhecido pela prática do chamado jornalismo literário, gênero que faz uso de técnicas narrativas da ficção no relato de histórias reais.

A obra de Faerman está reunida no site www.marcosfaerman.com.br por iniciativa de sua filha Laura e seu filho Julio.

O livro tem 48 páginas e seis textos que abordam a trajetória e a obra de Marcos Faerman, mais uma vez buscando demonstrar a atualidade do fazer de um dos maiores jornalistas do país.

Os textos são os seguintes:

“Marcos Faerman, caminhando na margem”, de Elaine Tavares

“Eu tive um amigo”, de Estela Bagnis

“Marcos Faerman e a mochila Tiger onde parecia caber um universo”, de Leonardo Fuhrmann

“O espaço na obra do jornalista Marcos Faerman”, de Míriam Santini de Abreu

"O visionário Marcos Faerman!”, de Neusa Maria Pereira

“Apenas um homem”, de Raquel Moysés

Para ler, clique aqui

Vem aí mais uma publicação sobre jornalismo sindical


 Livro "Comunicação Sindical em Santa Catarina" está em produção. 

A Revista Pobres & Nojentas lançou em 2008 um caderno teórico de 36 páginas para discutir o jornalismo em sindicatos. Um atrevimento impresso para dar conta de um tema que debatíamos bastante nos nossos encontros. Passados 15 anos, vamos dobrar a aposta!

A Revista Pobres e Nojentas e a Letra Editorial estão organizando um livro que terá como título "A comunicação sindical em Santa Catarina". Em 2020, essa parceria da Pobres e da Letra possibilitou a impressão do livro "A rebelião do vivido no jornalismo independente de Florianópolis". Estão na organização as jornalistas Míriam Santini de Abreu e Sandra Werle, que têm sua trajetória ligada ao jornalismo sindical.

Queremos divulgar as experiências de colegas que atuaram/atuam no jornalismo sindical no estado, buscando refletir sobre o nosso fazer a partir do olhar de cada um e de cada uma. Não há muitas publicações assim em Santa Catarina, de modo que o resultado será valioso neste período histórico, com novos e velhos desafios para a organização da classe trabalhadora. Vai dar bom!

Nossa revista está digitalizada


Nossa revista em papel, que conta com 30 edições, de 2006 até 2012, está todinha digitalizada na Hemeroteca Digital Catarinense e agora pode ser vista e lida por qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo. Estas 30 edições narram seis importante anos de luta na nossa cidade Florianópolis e ainda contam com excelente material sobre Santa Catarina e América Latina. Reportagens, crônicas, fotografias, artigos, tudo para condensar as grandes batalhas travadas pelos trabalhadores. Um trabalho calcado na proposta de Adelmo Genro Filho de narrar o singular, ligando com o particular e o universal. Tanto que hoje, lendo aquelas matérias podemos dizer que elas seguem eternas. 

Nosso muito obrigada ao querido Alzemi Machado incansável trabalhador público, apaixonado pelas palavras e pelos livros. 

Foto: Capa da Nossa Primeira Edição -- http://hemeroteca.ciasc.sc.gov.br/.../POBRE.../PEN200601.pdf

Todo o acervo aqui:

http://hemeroteca.ciasc.sc.gov.br/novos.html

segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Caio Teixeira, repórter


Nascido em Porto Alegre (RS), Caio Teixeira passou a infância e a juventude no ritmo da vida urbana proporcionada pelo centro da capital gaúcha. Ele se lembra do primeiro filme que viu no cinema Capitólio, o "Bambi", e devorava as histórias em quadrinhos de Tintin, criado pelo quadrinista belga Hergé, mostrando um jovem repórter de espírito aventureiro a audacioso. 

Caio iniciou Direito na UFRGS e, em paralelo, cursava Engenharia Mecânica na Unisinos, em São Leopoldo. Na metade do curso na Unisinos, decidiu fazer Comunicação Social com habilitação em Jornalismo, e ali se encontrou, especialmente nas disciplinas de tevê, que inspiravam incursões no inovador formato Super-8 da Kodak.

Concursado na Justiça do Trabalho do RS, Caio participou do processo que levou os servidores públicos a se organizarem não mais em associações e sim em Sindicatos depois da Constituição de 1988.

Em Florianópolis, para onde se mudou com a família em 1987, Caio atuou na Justiça do Trabalho e paralelamente, por sete anos, como jornalista do Sintaema, o Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente de Santa Catarina, onde criou o jornal Bomba d'Água. Na entrevista, ele fala com entusiasmo sobre as características que fazem o jornalismo sindical emocionar e agitar os trabalhadores e relembra as grandes lutas sindicais dos anos 1990 e 2000, período em que foi dirigente sindical do Sindicato dos Trabalhadores no Poder Judiciário Federal no Estado de Santa Catarina (Sintrajusc) e da federação nacional, a Fenajufe.

Dos trabalhos desenvolvidos na Assessoria de Comunicação do TRT-SC, o jornalista menciona a série de reportagens do "Justiça em Movimento", que mostra a realidade de trabalhadores de diferentes setores produtivos de Santa Catarina, e na entrevista aborda a importância da comunicação pública.

Hoje aposentado, Caio participa da equipe do ComunicaSul Comunicação Colaborativa e cobriu as recentes eleições presidenciais na Argentina, Chile, Colômbia e Equador.

A entrevista com Caio foi gravada por Felipe Maciel-Martínez, com fotografias de Rosane Lima.

A nossa equipe mais uma vez agradece a equipe da Fundação Cultural Badesc pela cessão do espaço.


quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Caio Teixeira é o 16º entrevistado do Projeto Repórteres SC










O jornalista Caio Teixeira é o 16º entrevistado do Projeto Repórteres SC. Nascido em Porto Alegre, Caio graduou-se em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo na Unisinos (São Leopoldo) e atuou no jornalismo sindical (Sintaema) e na assessoria de comunicação do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (TRT12).

Hoje aposentado, Caio participa da equipe do ComunicaSul Comunicação Colaborativa e cobriu as recentes eleições presidenciais no Equador e na Argentina.

A conversa será exibida em breve, com detalhes da trajetória de Caio, em gravação de Felipe Maciel-Martínez e fotografia de Rosane Lima.

A nossa equipe mais uma vez agradece a equipe da Fundação Cultural Badesc pela cessão do espaço. 


segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Ana Paula Lückman, repórter

Foto: Rosane Lima

Sob a presença do poeta Cruz e Sousa, na Casa da Literatura Catarinense dedicada a ele, a jornalista Ana Paula Lückman foi a 15º entrevistada do Projeto Repórteres SC. Nascida em Curitibanos, ela mora em Florianópolis, cidade natal de sua família, desde os 8 anos. Ana Paula graduou-se em Jornalismo na UFSC, fez especialização na UDESC, dois mestrados na UFSC e doutorado na UFRGS, com pesquisas reconhecidas, e está de volta à UFSC cursando Letras/Francês. A jornalista iniciou a carreira no ANCapital, como repórter e editora de Geral, e desde 2008 é servidora concursada na Diretoria de Comunicação  do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC). 

Ana Paula cita como uma das coberturas que mais a marcaram a enchente de 1995, que demandou grande esforço da equipe do ANCapital, suplemento de A Notícia que marcou época por cobrir a vida cotidiana de Florianópolis. Outro trabalho, a serviço da agência Quorum, foi cobrir a incorporação do BESC pelo Banco do Brasil. 

Na entrevista, Ana Paula aborda os desafios para fazer comunicação pública, seu campo de atuação no IFSC, onde um trabalho especialmente citado foi o documentário “História recontada: Marcos Cardoso Filho e a ditadura na Escola Técnica”, produzido pela IFSCTV em 2014. O professor Marcos Cardoso Filho deu aulas na antiga Escola Técnica Federal de Santa Catarina (ETFSC) entre 1973 e 1975 e foi preso pelo governo militar na chamada Operação Barriga Verde, em função de seu envolvimento com o Partido Comunista Brasileiro (PCB).  Produzido a partir de relatório feito pelo Instituto por solicitação da Comissão Estadual da Verdade, o documentário discute as circunstâncias da realização de audiência da Justiça Militar nas dependências da Escola Técnica, da qual Marcos participou como réu, na presença de vários dos seus alunos e colegas. 

Os teóricos de referência de Ana Paula em suas pesquisas são Adelmo Genro Filho, pesquisador nascido no Rio Grande do Sul que propôs uma teoria marxista para compreender o jornalismo, e o pensador francês Edgar Morin. A  dissertação de Ana Paula venceu o Prêmio Adelmo Genro Filho, da SBPJor, em 2014, e a tese de doutorado foi vencedora do mesmo prêmio em 2021, dobrada inédita para um mesmo pesquisador. A tese gerou o livro "Jornalismo, conhecimento e contexto: pensamento complexo para uma atividade em transformação", publicado em 2020 pela Editora Insular.

A conversa com Ana Paula foi gravada por Felipe Maciel Martínez e fotografada por Rosane Lima.

A nossa equipe agradece a  Casa da Literatura Catarinense Poeta Cruz e Sousa pela cessão do belo espaço na frente da Praça XV para gravação.

quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Ana Paula Lückman é a 15º entrevistada do Repórteres SC






Fotos: Rosane Lima

A jornalista Ana Paula Lückman é a 15º entrevistada do Projeto Repórteres SC. Nascida em Curitibanos, mora em Florianópolis, cidade natal de sua família, desde os 8 anos. Ana Paula graduou-se em Jornalismo na UFSC, fez especialização na UDESC, dois mestrados na UFSC e doutorado na UFRGS, com pesquisas reconhecidas, e agora está de volta à UFSC cursando Letras/Francês. 

A jornalista iniciou a carreira no ANCapital, onde foi repórter e editora por mais de onze anos, e desde 2008 é servidora concursada no IFSC.

A conversa será exibida em breve, com detalhes da trajetória de Ana Paula, gravada por Felipe Maciel Martínez. 

A nossa equipe agradece a  Casa da Literatura Catarinense Poeta Cruz e Sousa pela cessão do belo espaço na frente da Praça XV para gravação.

segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Sérgio Homrich, repórter

Foto: Miriam Santini de Abreu

O projeto Repórteres SC chega ao seu 14º entrevistado, atualmente atuando em Jaraguá do Sul, interior do Estado. É o jornalista Sérgio Homrich. Nascido em Natal (RN), ele graduou-se em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Unisinos, em São Leopoldo (RS). Ao longo da carreira, foi repórter do jornal Diário Catarinense, do jornal O Estado, do jornal Tribuna do Norte, de Natal, e correspondente do jornal Folha de São Paulo também naquela capital. 

De volta a Santa Catarina e morando em Jaraguá do Sul, trabalhou como editor do jornal O Correio do Povo, repórter do jornal A Notícia, repórter da Oficina Comunicação (Joinville) e jornalista do Sindicato dos Trabalhadores do Vestuário, até que fundou, com a companheira, a também jornalista Maria Helena de Moraes, a Informa Editora Jornalística Ltda. 

Sérgio consolidou carreira no jornalismo sindical, mantendo o Programa Informa Luta no ar há 10 anos, aos sábados, pela Rádio Comunitária Alternativa de Jaraguá do Sul (87,9 FM). É autor, com Maria Helena, do livro "Piso salarial de Santa Catarina - Uma luta para não esquecer", pelo DIEESE-SC, que conta a história desta conquista pelas organizações da classe trabalhadora catarinense. 

Na entrevista, ele relembra episódios da cobertura política como repórter e do período em que trabalhou na cidade onde nasceu, analisando também os desafios do fazer jornalístico fora das capitais e do jornalismo sindical.

Como ex-diretor do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina, Sérgio também analisa os desafios da organização dos trabalhadores e trabalhadoras do jornalismo e a cobertura da mídia catarinense sobre as lutas sindicais.

A entrevista foi gravada por Felipe Maciel-Martínez. 

A nossa equipe agradece a Federação dos Trabalhadores no Comércio no Estado de Santa Catarina (Fecesc) pela cessão do auditório para gravação.

quinta-feira, 21 de setembro de 2023

Sérgio Homrich é o 14º entrevistado do Repórteres SC









O jornalista Sérgio Homrich é o 14º entrevistado do Projeto Repórteres SC. Nascido em Natal (RN), ele graduou-se em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Unisinos, em São Leopoldo (RS). Ao longo da carreira, foi repórter do jornal Diário Catarinense, do jornal O Estado, do jornal Tribuna do Norte, de Natal, e correspondente do jornal Folha de São Paulo também naquela capital. De volta a Santa Catarina e morando em Jaraguá do Sul, trabalhou como editor do jornal O Correio do Povo, repórter do jornal A Notícia, repórter da Oficina Comunicação (Joinville) e jornalista do Sindicato dos Trabalhadores do Vestuário, até que fundou a Informa Editora Jornalística Ltda. 

A partir da Informa, Sérgio consolidou carreira no jornalismo sindical, sobre o qual fala na entrevista, e também analisa os desafios do fazer jornalístico fora das capitais. A conversa será exibida em breve, com detalhes da trajetória de Sérgio, gravada por Felipe Maciel Martínez. 

A nossa equipe agradece a Federação dos Trabalhadores no Comércio no Estado de Santa Catarina (Fecesc) pela cessão do auditório para gravação.

segunda-feira, 11 de setembro de 2023

Maria Helena de Moraes, repórter


A jornalista Maria Helena de Moraes é a 13ª entrevistada do Projeto Repórteres SC, marcando a série por atuar hoje fora da capital, tendo parte de sua trajetória vivida em Jaraguá do Sul. Gaúcha de São Sebastião do Caí, ela se graduou em Jornalismo pela Unisinos, em São Leopoldo, e teve como primeira experiência profissional a edição de guias turísticos na Intermédio, em Porto Alegre. 

Na década de 80, já em Florianópolis, trabalhou como repórter no jornal Diário Catarinense e depois no jornal Tribuna do Norte, em Natal, para onde se mudou com a família. De volta a Santa Catarina, atuou como assessora de imprensa na Prefeitura Municipal de Jaraguá do Sul  por dois períodos, primeiro como contratada e depois por concurso. Naquele período, também foi repórter do jornal Jaraguá News e da sucursal do DC, e à noite lecionava na Educação de Jovens e Adultos no polo João Pessoa, bairro onde mora. Maria Helena abandonou o serviço público ao ser convidada para a função de repórter na sucursal de A Notícia e, em 2001, começou a trabalhar no Correio do Povo até novembro de 2005. Dali, foi para a Informa Editora, da qual é sócia proprietária com seu companheiro, o também jornalista Sérgio Homrich, e redatora do Informa Luta, na Rádio Comunitária Alternativa de Jaraguá do Sul.

É autora, com Sérgio, do livro "Piso salarial de Santa Catarina - Uma luta para não esquecer", pelo DIEESE-SC, que conta a história desta conquista pelas organizações da classe trabalhadora catarinense. 

Na entrevista, Maria Helena relembra com paixão o tempo em que trabalhou como repórter, destacando as coberturas que marcaram sua trajetória, como a troca de crianças em maternidade, e o clima de camaradagem com colegas. Ela também fala sobre os desafios do jornalismo sindical e analisa a cobertura da mídia catarinense sobre a luta dos trabalhadores, que acompanha de perto por atuar em assessoria sindical. 

A entrevista foi gravada por Felipe Maciel-Martínez. 

A nossa equipe agradece a Federação dos Trabalhadores no Comércio no Estado de Santa Catarina (Fecesc) pela cessão do auditório para gravação.


sexta-feira, 8 de setembro de 2023

Repórteres SC entrevista Maria Helena de Moraes










A jornalista Maria Helena de Moraes foi a 13ª entrevistada do Projeto Repórteres SC. Gaúcha de São Sebastião do Caí, ela se graduou em Jornalismo pela Unisinos, em São Leopoldo, e teve como primeira experiência profissional a edição de guias turísticos na Intermédio, em Porto Alegre. 

Na década de 80, já em Florianópolis, trabalhou como repórter no jornal Diário Catarinense e depois no jornal Tribuna do Norte, em Natal, para onde se mudou com a família. De volta a Santa Catarina, atuou como assessora de imprensa na Prefeitura Municipal de Jaraguá do Sul e repórter do jornal Jaraguá News, da sucursal do Diário Catarinense e de A Notícia e, em 2011, repórter de O Correio do Povo. Atualmente é sócia proprietária da Informa Editora e redatora do Informa Luta, na Rádio Comunitária Alternativa de Jaraguá do Sul.

Na conversa, Maria Helena fala sobre os desafios do jornalismo sindical e analisa a cobertura da mídia sobre a luta dos trabalhadores. A entrevista será exibida em breve, com detalhes da conversa com Maria Helena, gravada por Felipe Maciel Martínez. 

A nossa equipe agradece a Federação dos Trabalhadores no Comércio no Estado de Santa Catarina (Fecesc) pela cessão do auditório para gravação.